O II Congresso Nacional de Surf iniciou a semana mostrando ao público o verdadeiro valor teórico e acadêmico do evento. Na segunda-feira (12 de novembro) o técnico da equipe baiana, Gabriel Macedo, ministrou o primeiro curso do Congressurf.
Durante oito horas Gabriel falou para estudantes e atletas, vindos de diversos estados do país, sobre Carreira de atleta - Da Iniciação ao profissionalismo.
“Passei para os alunos toda a logística que um atleta precisa para ser um verdadeiro profissional, desde a parte burocrática até o treinamento e disciplina. Pra mim foi um grande aprendizado, porque tive uma turma muito participativa e com um excelente grau de conhecimento”, fala o baiano.
Já a noite de palestras foi inaugurada pelo surfista adaptado Robson "Careca", que falou sobre Surf e inclusão social e abordou a importância do deficiente físico superar limites e viver uma vida normal.
“O surfista portador de necessidades especiais pode ter qualidade de vida, equilíbrio do corpo, força muscular e mente sadia, tirando a parte negativa da deficiência física e usando o próprio corpo com prazer e amor ao esporte e ao meio ambiente”, conclui Robson.
O Editor da revista Hard Core, Edinho Leite, foi o convidado para palestrar sobre O papel da mídia especializada no meio surf e revelou que cada vez mais as revistas estão ficando voltadas para o feeling do esporte e não para as competições.
“O futuro da revista é mostrar cada vez mais a vida das pessoas, sejam atletas ou freesurfers, mesmo quando se trata de competições”, diz.
Edinho também exaltou que estamos muito perto da democratização da informação, tudo em conseqüência da internet, sendo assim, o editor diz: “Em breve poderemos adquirir cada vez mais um número de edições gratuitas, que serão pagas pelos próprios anunciantes”, conclui.
Fechando a noite, Rodrigo "Tusca" Baptista, manager do bi-campeão brasileiro profissional, Jihad Khodr, promoveu uma explanação completa sobre a formação de atletas: do amador ao profissional. Tusca revelou as estratégias para iniciar o trabalho com surfistas ainda amadores e de pouca idade.
“O primeiro trabalho é dar oportunidade para uma criança do litoral ter uma oportunidade a mais na vida. Só depois é que o trabalho pode ou não se encaminhar para uma carreira profissional. Mas a missão é formar o cidadão, depois o atleta”, disse Baptista.
Tusca trabalha com atletas desde 2000 e acredita que esta é uma das áreas com maior crescimento no mercado do surf. “Um atleta não vai chegar a lugar nenhum se estiver sozinho. E hoje são poucas pessoas que atuam nesta área”. E foi mais além. “Um profissional que se destaque com atletas de esportes radicais pode atuar ao lado de profissionais de qualquer outro esporte. E mesmo num Brasil com vários esportes de massa, a figura do manager é rara. Geralmente quem está por trás dele é um parente”, completou.
O Congressurf contou ainda, na segunda-feira, com a presença especial do australiano, tri campeão mundial Máster, Gary “Kong” Elkelton. O evento segue até o dia 14 de novembro com mais atrações às margens do Guaíba e Cursos na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
retirado de www.congressurf.com.br
robson "careca"
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